Alexandre de Moraes relatará ações sobre decreto do IOF, decide Barroso

Alexandre de Moraes relatará ações sobre decreto do IOF, decide Barroso

Alexandre de Moraes Assume Relatoria de Ações sobre Decreto do IOF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, decidiu encaminhar a ação proposta pelo PSOL que busca restaurar o decreto de alterações no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes. A decisão vem após a redistribuição do processo, anteriormente designado ao decano da corte, Gilmar Mendes, devido à existência de uma ação semelhante sob a relatoria de Moraes.

Redistribuição de Competências no STF

Nesta segunda-feira (30), Barroso optou por redistribuir o processo do PSOL, que inicialmente estava sob a responsabilidade de Gilmar Mendes. A ação questiona a decisão do Congresso Nacional de derrubar o decreto do Executivo que promovia alterações no IOF. Ao justificar a redistribuição, Barroso destacou que, apesar de não haver coincidência total ou parcial de objetos entre as ações, as peculiaridades do caso justificam essa medida. A ação do PSOL agora se junta a outra, apresentada pelo PL em 4 de junho, sob a relatoria de Moraes.

Preocupações com Decisões Conflitantes

Na última sexta-feira (27), após ser sorteado como relator da ação do PSOL, Gilmar Mendes transferiu os autos à Presidência do STF. Mendes destacou a possibilidade de decisões conflitantes, considerando a ação já em andamento sob a relatoria de Moraes. O PSOL, partido de oposição, busca declarar a inconstitucionalidade da tentativa do Executivo de aumentar o IOF, enquanto a outra ação questiona o ato do Legislativo que derrubou essa medida. Caso cada ministro decidisse de forma oposta, o Supremo poderia chegar a conclusões conflitantes sobre o mesmo tema.

Impactos Políticos e Estratégias do Governo

A queda do decreto ocorreu na terça-feira (24), quando o Congresso Nacional rejeitou a medida. O PSOL, aliado ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se adiantou ao próprio Executivo ao acionar o STF. Conforme noticiado pela Folha, Lula instruiu a Advocacia-Geral da União (AGU) a preparar recursos para tentar restaurar a medida no Supremo. No entanto, ministros e aliados do governo têm advertido sobre o risco de deteriorar as relações com a liderança do Congresso, caso o governo insista em confrontar a decisão legislativa.

Considerações Finais

A redistribuição das ações sobre o decreto do IOF ao ministro Alexandre de Moraes visa evitar decisões conflitantes no STF. A disputa jurídica reflete as tensões entre Executivo e Legislativo sobre a política fiscal do país. O desfecho dessas ações poderá ter implicações significativas para a administração de Lula, que busca equilibrar as metas econômicas com a necessidade de manter boas relações com o Congresso. A decisão final do STF será crucial para definir os rumos das políticas financeiras do governo e a estabilidade política entre os poderes.

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