A estrutura política e militar do Irã: líderes e funcionamento em meio à tensão.

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Tensões Crescentes na ONU: Irã e Israel em Destaque
Em uma reunião de emergência na ONU, os embaixadores do Irã e de Israel trocaram duras acusações, refletindo a escalada das tensões entre os dois países. O conflito, que inicialmente parecia estar restrito a alvos militares, ganhou novas dimensões com declarações incisivas de líderes políticos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exortou a população iraniana a se rebelar contra o que descreveu como um “regime cruel e opressivo”. Esta chamada à ação não apenas intensificou a retórica, mas também destacou a fragilidade política do Irã em um momento de crise.

A Situação Interna do Irã e a Influência do Líder Supremo
O Irã enfrenta desafios internos significativos, agravados por anos de sanções internacionais e conflitos sociais. A estrutura de poder no país é complexa, com o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo desde 1989, exercendo controle direto ou indireto sobre todos os aspectos do Estado. Nomeado pela Assembleia dos Peritos, um órgão de clérigos islâmicos, Khamenei detém autoridade sobre a política externa, interna, e as Forças Armadas. Sua posição foi fortalecida após a morte do aiatolá Ruhollah Khomeini, líder da revolução de 1979.

A Presidência de Masoud Pezeshkian e as Reformas Prometidas
Masoud Pezeshkian assumiu a presidência do Irã em julho de 2024, após a morte de Ebrahim Raisi. Conhecido por sua postura moderada, Pezeshkian prometeu reformas sociais e a retomada das negociações sobre o programa nuclear. Contudo, seu governo enfrenta resistência de instituições conservadoras como o Conselho dos Guardiães e a Guarda Revolucionária do Irã (IRGC). Esses órgãos mantêm um controle rígido sobre o processo eleitoral e a legislação, limitando o alcance das reformas presidenciais.

O presidente iraniano Masoud Pezeshkian foi eleito após a morte súbita de Ebrahim Raisi.
Prometeu retomar negociações nucleares e abordar descontentamentos sociais.

A presidência, embora influente, é limitada pelo poder do líder supremo, que tem a palavra final em questões estratégicas. Reformistas enfrentam obstáculos significativos, como demonstrado pelo revés do acordo nuclear de 2015 após a saída dos EUA em 2018.

O Papel da Guarda Revolucionária e o Impacto Militar
A Guarda Revolucionária do Irã, sob o comando do general Mohammad Pakpour, desempenha um papel crucial na defesa do regime. Originalmente uma milícia voluntária, a IRGC evoluiu para uma força militar paralela, influente na política e na economia. Após a morte do comandante Hossein Salami em um ataque israelense, Pakpour assumiu a liderança, reforçando a postura defensiva do Irã. A IRGC controla uma parte significativa da economia iraniana, estimada entre 20% e 40%, e tem uma presença marcante em setores estratégicos.

Conselhos de Influência e a Estrutura do Poder Político
Além do líder supremo e do presidente, outras instituições como o Conselho dos Guardiães e o Conselho de Discernimento desempenham papéis importantes no cenário político do Irã. O Conselho dos Guardiães, presidido por Ahmad Jannati, supervisiona a conformidade da legislação com a Constituição e os princípios islâmicos, enquanto o Conselho de Discernimento medeia disputas legislativas. Esses órgãos garantem que o sistema político permaneça alinhado com a visão do líder supremo, mantendo a estabilidade durante crises.

O Parlamento iraniano, ou Majlis, liderado por Mohammad Bagher Qalibaf, também é uma peça central na estrutura de governança. Embora possua amplos poderes legislativos,

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