Congresso considera convocar Rui Costa para discutir Abin paralela

Congresso considera convocar Rui Costa para discutir Abin paralela

Congresso Avalia Convocação de Rui Costa para Discussão sobre “Abin Paralela”

O Congresso Nacional está considerando a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, para esclarecer questões relacionadas à chamada “Abin paralela” e possíveis atividades de espionagem contra o Paraguai. Essa movimentação ocorre em meio a investigações que vêm causando preocupação e polêmica nos bastidores da inteligência nacional.

Comissão de Controle de Atividade de Inteligência em Ação

Na última quarta-feira (2), o presidente da Comissão de Controle de Atividade de Inteligência, deputado federal Filipe Barros (PL-PR), afirmou que o colegiado está avaliando a necessidade de chamar Rui Costa para prestar esclarecimentos. As discussões giram em torno de alegações de uma suposta espionagem conduzida pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e de interferências em investigações envolvendo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Durante o mesmo dia, a comissão também ouviu o diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, que foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de interferência nas investigações. A reunião com Corrêa foi restrita aos membros da comissão, e, segundo Barros, os parlamentares ficaram satisfeitos com as respostas do diretor-geral. Corrêa também abordou questões relacionadas a alegações de que a Abin teria hackeado autoridades paraguaias durante negociações sobre a energia de Itaipu Binacional.

Manifestação dos Servidores da Abin

A situação gerou insatisfação entre os servidores da Abin, que estão pressionando pela demissão de Corrêa e pela convocação do ministro da Casa Civil. A Intelis, associação que representa os servidores, distribuiu panfletos no Congresso criticando a “deterioração institucional da inteligência de Estado” e a exposição indevida de oficiais que não têm relação com a “Abin paralela”.

Os servidores destacam que a exposição de nomes e contatos pessoais de oficiais, que têm direito ao sigilo funcional, coloca em risco suas vidas e carreiras. A decisão de tornar públicos esses dados foi tomada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, no mês passado, após a publicação de um relatório pela PF. Segundo os servidores, nem Corrêa nem o ministro da Casa Civil agiram para proteger as identidades dos envolvidos.

Indiciamentos e Ações Futuros

Além de Luiz Fernando Corrêa, foram indiciados também seu chefe de gabinete, o delegado da PF Luiz Carlos Nóbrega Nelson, e o corregedor-geral da agência, José Fernando Moraes Chuy. Até o momento, o diretor-geral e a Abin não se manifestaram publicamente sobre os indiciamentos.

Em resposta à situação, a Intelis aprovou um indicativo de greve e está buscando acionar a Justiça para pedir o afastamento de Corrêa. A pressão sobre o governo Lula (PT) para esclarecer as circunstâncias e as implicações da “Abin paralela” continua a crescer, enquanto o Congresso pondera suas próximas ações.

Os desdobramentos desse caso são aguardados com expectativa, pois podem ter implicações significativas para a política de inteligência e as relações internacionais do Brasil. O Congresso Nacional, ao buscar esclarecimentos, visa garantir a transparência e a integridade das operações de inteligência do país.

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