STF condena a 17 anos de prisão homem conhecido por pegar bola de Neymar por tentativa de golpe

STF condena a 17 anos de prisão homem conhecido por pegar bola de Neymar por tentativa de golpe

Homem é Condenado a 17 Anos por Tentativa de Golpe e Furto de Bola de Neymar

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a 17 anos de prisão Nelson Ribeiro Fonseca Júnior, conhecido por furtar uma bola autografada por Neymar durante os ataques golpistas de 8 de janeiro. A sentença foi divulgada nesta terça-feira (1), após julgamento no plenário virtual da corte.

Condenação e Detalhes do Crime

Nelson Ribeiro Fonseca Júnior foi sentenciado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano e furto qualificados, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada. A decisão incluiu também uma multa de R$ 30 milhões, a ser dividida entre os demais condenados. O relator, ministro Alexandre de Moraes, foi acompanhado por Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Para a definição da pena, Moraes destacou que a culpabilidade do réu foi “acentuada”, pois ele não apenas se associou a um grupo criminoso para a ruptura institucional, mas também instigou terceiros a fazer o mesmo. “É extremamente grave a conduta de participar da operacionalização de concerto criminoso voltado a aniquilar os pilares essenciais do Estado democrático de Direito, mediante violência e danos ao patrimônio público”, afirmou o ministro.

Admissão de Culpa e Circunstâncias do Furto

De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Nelson admitiu à Polícia Federal ter participado da manifestação na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 e ingressado no Congresso Nacional. Durante seu depoimento, ele afirmou ter encontrado a bola de futebol no chão, fora do recipiente de proteção, e que a tomou “para protegê-la e devolvê-la posteriormente”, alegando que as autoridades de segurança impediram a restituição imediata. Fonseca Júnior manteve a posse da bola por mais de duas semanas.

O réu foi identificado após se apresentar voluntariamente à Polícia Militar em Sorocaba (SP) em 28 de janeiro de 2023. Ao contatar os policiais, ele devolveu a bola de futebol e, em seguida, foi levado à delegacia da cidade. Moraes destacou que as investigações da Polícia Federal e as provas apresentadas, incluindo a confissão do réu em juízo, confirmaram sua presença na Câmara dos Deputados e o furto da bola.

Defesa e Argumentos Contestados

A defesa de Nelson Ribeiro Fonseca Júnior buscou sua absolvição, alegando falta de direito ao contraditório e contestando a competência do STF para julgar o caso. No entanto, as evidências e o depoimento do réu foram suficientes para sustentar a condenação.

Moraes enfatizou que o comportamento do réu, ao se envolver em atos de vandalismo e violência durante uma tentativa de golpe, justificou a aplicação da pena. O ministro ressaltou ainda a importância de coibir ações que atentem contra a ordem democrática e o patrimônio público.

A condenação de Fonseca Júnior reflete o compromisso do STF em garantir a justiça e a manutenção do Estado Democrático de Direito no Brasil. O caso serve como exemplo da seriedade com que o Judiciário trata crimes contra a democracia e o patrimônio nacional.

Com o desfecho desse julgamento, reforça-se a mensagem de que atos criminosos, especialmente aqueles que ameaçam a estabilidade institucional do país, serão rigorosamente punidos. A proteção dos símbolos e bens públicos é essencial para a preservação da ordem e da democracia.

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