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Tensão entre Estados Unidos e Irã: Trump e a Possibilidade de Conflito
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quarta-feira, 18 de junho de 2025, que “não pode dizer” se o país irá atacar o Irã. A declaração aconteceu em meio a especulações sobre a participação dos EUA no conflito entre Irã e Israel. Na terça-feira, Trump sugeriu a possibilidade de os EUA se unirem a Israel no confronto. Quando questionado por repórteres na Casa Branca sobre um possível ataque ao Irã, Trump se limitou a responder: “Não posso dizer ainda”.
Trump revelou ainda que foi procurado pelo governo iraniano, que, segundo ele, desejava realizar uma reunião na Casa Branca. No entanto, o presidente norte-americano afirmou ter recusado a proposta, dizendo que “é tarde demais” e que “o Irã deveria ter negociado antes”. Até o momento, o governo iraniano não confirmou se realmente fez essa proposta de diálogo.
Conflito entre Irã e Israel e as Implicações Regionais
O conflito direto entre Irã e Israel chegou ao seu sexto dia nesta quarta-feira, com ataques aéreos que resultaram em mais de 240 mortos e milhares de feridos em ambos os países, de acordo com números oficiais. Instituições independentes, no entanto, indicam que o número de vítimas pode ser ainda maior. Desde que Israel iniciou os ataques ao Irã, as negociações para o acordo nuclear entre Washington e Teerã ficaram em suspenso, sem clareza sobre a continuidade do diálogo.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, advertiu que qualquer ataque dos EUA terá “consequências sérias e irreparáveis” para os americanos e prometeu uma resposta em caso de bombardeios. Em pronunciamento, Khamenei afirmou que o Irã nunca se renderá, rebatendo as exigências de Trump por uma “rendição incondicional”.
Impacto dos Ataques e Risco de Escalação Nuclear
No âmbito nuclear, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) relatou que duas fábricas de produção de centrífugas para enriquecimento de urânio no Irã foram atingidas pelos ataques aéreos de Israel. As instalações, localizadas em Teerã e Karaj, são parte do programa nuclear iraniano e estavam sob monitoramento da agência da ONU.
O diretor da AIEA, Rafal Grossi, alertou sobre o risco de vazamento radiativo em caso de novos ataques a outros locais críticos, como as centrais de Fordow e Isfahan. Segundo Grossi, um ataque a essas instalações poderia causar um nível radiológico perigoso na região.
Reações Internacionais e a Participação dos EUA
Em resposta à escalada do conflito, os Estados Unidos estão enviando mais aeronaves de combate para o Oriente Médio e prolongando a permanência de aviões de guerra já na região. Até o momento, os EUA têm tomado apenas ações defensivas, como auxiliar na interceptação de mísseis disparados contra Israel.
O conflito já resultou em 248 mortos, sendo 224 no Irã e 24 em Israel, segundo autoridades locais. Contudo, o grupo Human Rights Activists, baseado em dados independentes, estima que pelo menos 585 pessoas tenham morrido em todo o Irã. Com o cenário crítico, as partes envolvidas e a comunidade internacional buscam caminhos para evitar uma escalada ainda maior e perigosas consequências globais.
